Educação em Sorocaba é ideal para projeto piloto, diz Unesco

Sorocaba foi escolhida para servir como piloto para aplicação dos conceitos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) nos projetos municipais entre as cidades do país. O município é o primeiro no Brasil a ter o termo de cooperação técnica firmado com o órgão, assinado em maio de 2009. Em visita à Sorocaba, devido à Semana da Cidade Educadora, o presidente no Brasil para a Unesco, Paolo Fontana, afirmou que a cidade foi escolhida por apresentar a oportunidade de transformar os conceitos internacionais em realidade. "Sorocaba nos dá a oportunidade de ver quantos dos nossos princípios e objetivos podemos colocar em prática através de políticas públicas", disse.

Ser um município de renda e porte médio está entre as razões de Sorocaba servir como modelo para outras cidades. "Além da proposta de projetos coerentes entre o discurso e a prática", destacou o presidente. A intenção é tentar alcançar os objetivos do plano de metas de Educação da Unesco até 2015, como a erradicação do analfabetismo.

Para Fontana, as metas só serão atingidas com o investimento de mais de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação, valor quase obtido por Sorocaba, segundo ele. A média brasileira de investimento é de 5%, enquanto os países desenvolvidos investem ao menos 6,5% do PIB em Educação. "Não adianta dizer que a Educação é o centro do desenvolvimento, que é o mais importante, se não colocar dinheiro para que isso possa acontecer", enfatizou. O prefeito Vitor Lippi acrescentou: "Tão importante quanto a quantidade que se usa é a qualidade da aplicação dos recursos para a Educação."

Além do investimento, a maior dificuldade apontada por Fontana é conseguir a integração dos diversos setores públicos nos projetos voltados à Educação. "É muito difícil você agrupar profissionais de inúmeras áreas e fazê-los trabalhar com um objetivo em comum", disse. O prefeito concordou que a questão do trabalho integrado é um dos maiores desafios da Prefeitura. "Com os problemas que nós temos, não tem nenhuma Secretaria sozinha que conseguiria ter bons resultados. A cidade só melhora se tiver uma visão integrada", destacou Lippi.

Fontana afirmou ainda que existem outras cidades no Brasil com o desenvolvimento educativo parecido com o de Sorocaba, mas nenhuma com as mesmas características. "Não há nenhuma outra cidade com um programa abrangente, coerente, integrado, intersetorial, que possui uma política pública que tenta fazer verdadeiramente com que todo mundo trabalhe junto e interligado. Esta é a primeira experiência nesse formato acompanhada pela Unesco", ressaltou.

Projeto Roboteka estimula aprendizado na rede estadual

O Centro de Referência para o Ensino de Ciências e Matemática - Creciem – vinculado à Superintendência do Ensino Médio da Secretaria da Educação – apresentou, no Colégio Estadual Murilo Braga, no setor Vila Nova, o projeto Roboteka – Robótica Educacional. O projeto piloto foi desenvolvido por estudantes da Universidade do Rio Grande do Sul - UFRS e trazido para Goiás há dois anos, com apoio da Secretaria de Estado da Educação e do Ministério da Educação.

Estudantes e professores de dez escolas da rede estadual, localizadas na Capital e no interior, aprenderam noções de tecnologia para montagem de robôs por meio do programa LEGO Mindstorms. O resultado do trabalho são protótipos tecnológicos que se movimentam pelo computador.

De acordo com o coordenador do projeto, Welson Luiz, esse trabalho tem uma proposta diferenciada para o ambiente escolar. “Eles (robôs) servem como material de apoio às aulas. Os alunos aprendem diversos conceitos de física, matemática, ciência, tecnologia. Tudo isso também serve de base para o aprendizado de outras matérias”, afirmou.